Não Vejo Mosocu da Janela do Meu Quarto | Guarapuava

A peça NÃO VEJO MOSCOU DA JANELA DO MEU QUARTO realiza uma fusão entre o universo dramático d eAnton Tchekhov e o surrealismo literário de Julio Cortázar, ao ao combinar elementos de AS TRÊS IRMÃS, do dramaturgo russo, e do conto Casa tomada, do escritor argentino. No palco, Macha, Irina e Andrei vivem o cotidiano, confinados em uma casa que aos poucos vai sendo invadida por algo ou alguém que não se revela, ao mesmo tempo em que anseiam por uma viagem a Moscou - sua memória afetiva, um lugar cada ves mais distante. O processo de isolamento expõe as relações sensíveis que unem as personagens entre si, com o passado, e o "lá fora" obscuro - provocando um deslocamento da ação para um registro de irrealidade, humor e suspensão poética. Em cena este isolamneto ocorre na medida em que atores e cenários percorrem o espaço do palco, de onde vão sendo gradualmente expulsos. Um dos temas de destaques da peça e que levanta uma importante discussão em tempos atuais é a questão dos imigrantes, de pessoas que são expulsas de seu lugar e de da tentativa de habitar dignamente um novo espaço. Que força nos movem a abandonar nossas raizes e que forças temos que mover para seguir construindo as relações que nos mantém vivos? Não vejo Moscou da janela do meu quarto recebeu o prêmeio Shell 2014 de Direção para Silvana Garcia e de iluminação, para Beto Bruel. Além de temporadas no Brasil, nos últimos anos vem construindo uma carreira pela América Latina, tendo apresentado em importantes festivais no Peru ( Fisabes) e na Colômbia (Festival internacionla de Cali).